Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar de considerar que “o assunto está encerrado”, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, comentou a nota divulgada pelo Comando do Exército na sexta-feira (31). "Toda história tem várias versões. A nota narra um fato, e é um fato na história brasileira que existe a visão por parte daqueles que sofreram e a visão por parte de alguns militares”, disse o ministro, após participar hoje (2) da cerimônia de troca da bandeira na Praça dos Três Poderes, que ocorre a cada primeiro domingo do mês.A nota dos militares foi divulgada dois dias após o governo federal lançar o livro Direito à Memória e à Verdade, resultado de 11 anos de trabalho da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, que recupera a história de 479 militantes políticos, que foram vítimas da ditadura militar no Brasil.Após o lançamento do livro, o jurista Fábio Konder Comparato afirmou, em entrevista à Agência Brasil, que as pessoas que sabem onde estão os corpos de desaparecidos políticos da época do regime militar continuam praticando o que se chama de “crime continuado”, apesar da Lei de Anistia aprovada em 1979.