Amorim diz que não era competência do Itamaraty intervir na deportação de boxeadores cubanos

24/08/2007 - 21h04

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou hoje (24) que não era competência do Itamaraty intervir no caso da deportação dos boxeadores Guillermo Rigondeaux e Erislandy Laraue. “Não era um assunto que dissesse respeito diretamente a competência do Itamaraty naquele momento. Se tivesse havido um conflito entre Estados, teríamos entrado”, disse, em entrevista à imprensa para comentar as decisões da reunião do Foro de Cooperação América Latina-Ásia (Focalal), encerrada ontem (23) em Brasília.Durante os Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, em julho, os atletas abandonaram a delegação e forem encontrados em Araruama (RJ). De acordo com o ministro, o Brasil ofereceu apoio aos boxeadores que, por motivos pessoais, decidiram voltar à Cuba. “Não percebo irregularidade no que aconteceu. Creio que houve presença de um procurador, houve a oferta de refúgio e eles não quiseram. São opções individuais”, comentou.Amorim lembrou ainda que ontem o ministro da Justiça, Tarso Genro, participou de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, onde explicou a atuação do governo brasileiro no caso.