Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, relator do processo que trata do esquema de distribuição de recursos a parlamentares em troca de apoio, conhecido como mensalão,iniciou a leitura do terceiro item do processo. A parte trata do desviode recursos públicos. Este item está subdividido emoutros quatro, de acordo com cada órgão que teriacometido o ato ilícito.Aoavaliar o desvio de recursos na Câmara dos Deputados, oministro disse que o então presidente JoãoPaulo Cunha teria usado o poder de que dispunha para beneficiar aempresa SMP&B, do empresário Marcos Valério, noprocesso licitatório para a contratação de deagência de publicidade pela casa legislativa.Segundoele, o deputado teria cometido crime de corrupçãopassiva ao receber vantagem indevida R$ 50 mil, oferecida por MarcosValério, com o propósito de obter tratamento privilegiado parasua empresa na licitação. Ao empresário, foiimputada a acusação de corrupção ativa.Alémde corrupção passiva, João Paulo Cunha éacusado no processo encaminhado pela Procuradoria-Geral da Repúblicapor lavagem de dinheiro e peculato. Marcos Valério ainda éacusado por formação de quadrilha, falsidadeideológica, peculagem, lavagem de dinheiro e evasão dedivisas.