Trabalho doméstico remunerado recua com aumento da atividade familiar em casa

17/08/2007 - 13h05

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Mais brasileiros passaram a se dedicar aos afazeresdomésticos entre os anos de 2001 e 2005. Um estudo divulgado hoje (17)pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, registrouaumento nesse contingente de 66,9% para 71,5%. O levantamento teve como base as informações contidas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).De acordo com a técnica do IBGE, Cristiane Soares,responsável pelo estudo, esse resultado reflete uma ligeira queda dotrabalho doméstico remunerado, que nesse período recuou de 7,8% para7,6%, e ainda a queda do rendimento real das pessoas, que em 2001 erade R$ 858,00, e em 2005 passou para R$ 763,00.“Esses fatores levaram as pessoas a realizar maistarefas domésticas. Houve uma redução na contratação e alteração naforma de contratação. Quem tinha uma empregada doméstica e passou a terdiarista, por exemplo, vai ter que fazer algumas coisas a mais emcasa”, destacou a técnica do IBGE.Para a professora aposentada Edna de Freitas, otrabalho aumentou nos últimos anos. Antes, sua família contava com doisempregados, mas por rearranjo no orçamento, precisou romper o contratocom um deles. “Todos tivemos que fazer um pouquinho a mais. O trabalho aumentou para todo mundo aqui em casa.”O estudo do IBGE revela ainda que a aquisição debens duráveis e o acesso a novas tecnologias que facilitam o trabalhodoméstico contribuíram para reduzir o número e horas gastas com astarefas do lar. Em 2001, os brasileiros gastavam em média quase cincohoras por dia com atividades domésticas. Em 2005, esse número caiu para quatrohoras diárias.