Polícia Federal esclarece que não cogita receber recompensa por prender traficante colombiano

10/08/2007 - 10h19

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Polícia Federal esclareceu, através da assessoria deimprensa, em Brasília, que em nenhum momento a instituição cogitou receber arecompensa de US$ 5 milhões oferecida pelo governo norte-americano pela prisãodo traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia, no último dia 7, emAldeia da Serra (SP).

A assessoriaenfatizou que a Polícia Federal cumpriu com o papel constitucional dacorporação e que a "segurança pública é dever do Estado".

A assessoria comunicou também quea operação não foi isolada e teve a participação de vários órgãos governamentaisbrasileiros e estrangeiros, incluindo a ajuda da Argentina, Uruguai e Espanha."Não pleiteamos, não esperamos e não receberemos [a recompensa]", informou a assessoria.O colombiano JuanCarlos Abadia, acusado de chefiar o cartel de drogas Vale do Norte, éum dos traficantes mais  procurados do mundo pela agência antidrogasdos EUA e foi preso no município de Aldeia da Serra, na RegiãoMetropolitana de São Paulo. Ele é suspeito de ser o mandante decentenas de homicídios na Colômbia e nos EUA, incluindo de policiais einformantes. A prisão do traficante fez parte da OperaçãoFarrapos, desencadeada em seis estados. Devem ser cumpridos 17mandados de prisão e 28 ordens de busca e apreensão para desarticularuma organização internacional de tráfico de drogas e lavagem dedinheiro.Segundo nota da Polícia Federal, há dois anos emeio a polícia investigava um esquema criminoso em que os traficantescolombianos transportavam grandes quantidades de entorpecentes para aEuropa e EUA. O lucro retornava ao Brasil, saia da Espanha e México epassava pelo Uruguai. Para lavar o dinheiro, a organização investia noramo imobiliário, industrial e na compra de automóveis.