Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Pela quinta vez seguida, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, apresentou redução no ritmo de alta. A primeira prévia de agosto apontou variação de 0,21%, contra 0,27% no fechamento de julho.Dos sete grupos pesquisados, três mantiveram recuo: habitação (-0,32%), transporte (-0,24%) e vestuário (-1,30%). Os demais são alimentos (1,17%), saúde (0,80%), despesas pessoais (0,79%) e educação (0,25%).De acordo com o coordenador da pesquisa, Márcio Nakane, a redução mais forte em habitação (que caiu de -0,09% na prévia anterior para -0,32%) decorreu, em grande parte, dos primeiros efeitos da redução da tarifa de energia elétrica. Ele salientou, no entanto, que o impacto maior deve ser sentido no final do mês. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou redução média de 11,83% a partir de 4 de julho último, e de 12,66% para o consumo residencial.Quanto ao recuo em vestuário, Nakane destacou que "as liquidações de inverno das roupas femininas tiveram expressiva contribuição". E no caso do transporte, ele aponta "preços competitivos" dos combustíveis.O maior índice é o de alimentos, setor em que permanece a pressão exercida pela redução na oferta de leite e carne bovina, dois produtos que tiveram aumento da demanda no mercado internacional, segundo o coordenador.Nakane manteve a previsão de queda do IPC no fechamento de agosto, com variação de -0,04%. Para o ano, ele projeta alta de 4,1%.A Fipe calcula a cada semana as variações quadrissemanais doIPC do município de São Paulo para a faixade renda familiar entre 1 e 20 salários mínimos.