PSDB e DEM definem posições sobre denúncias contra o presidente do Senado

07/08/2007 - 15h48

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A bancada do PSDB no Senado Federal decidiu hoje (6) votar as quatro medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta da Casa – dentre elas, a que divide o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e cria o Instituto Chico Mendes. Também vão votar o projeto da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, o chamado Supersimples."Depois,fechamos o balaio. Ou seja, não se vota nada, nem mensagens deautoridade”, assegurou o líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM).Os parlamentares se reuniram nesta terça-feira para debater a obstrução da pauta pela bancada enquanto Renan Calheiros (PMDB-AL) continuar presidindo a Casa. Eles também discutiram qual postura adotar emrelação à denúncia contra Renan, de que ele teria usado "laranjas" para adquirir uma empresa de comunicação. A denúncia foi publicada no fim de semana, em reportagem da revista Veja.Segundo Virgílio, o PSDB vai assinar a representação proposta pelo partido Democratas(DEM) para que Renan seja investigado no Conselho de Ética.Em relação à denúncia de que Renan teria praticado tráfico de influência para favorecer a cervejaria Schincariol, o senador disse que o PSDB vai sugerir, na reunião da Mesa Diretora desta tarde, que a inevstigação seja conduzida na Câmara dos Deputados, uma vez que as informações dizem respeito ao irmão de Renan, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL)."Entendemos que não havia elementos [para investigar as denúncias no Senado]. As citações de que ele teria feito tráfico de influência com órgãos federaispara beneficiar a Schincariol são vagas", justificou Virgílio.O líder do DEM, José Agripino (RN), disse que seu partido vai adotara mesma posição dos tucanos. A legenda tem dois representantes na Mesa Diretora: os senadores Efraim Moraes (PB) e César Borges (BA).