Modelo de certificação profissional obedecerá à legislação de cada país do hemisfério

05/08/2007 - 17h35

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A experiência de estímulo à volta de trabalhadores às escolas, para complementar sua formação técnica, será feita no Brasil e em outros países da América do Sul, América Central e Caribe.Segundo Márcia Moreschi, assessora internacional da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, não haverá um programa modelo para o Mercosul ou mesmo para todo o hemisfério, pois os sistemas educacionais são diferentes, embora esteja integrada ao Projeto Hemiférico Educação Secundária, que tem vigência de quatro anos e envolve 32 países. A medida foi definida nesta semana, durante encontro em Brasília de coordenadores de escolas técnicas dos países membros e associados do Mercosul. Cada país desenvolverá umaexperiência piloto própria, a partir de suas necessidades e legislações.“Cada escola de formação profissional fará um diagnóstico da demandalocal, dos jovens da comunidade onde está inserida a escola e dademanda do setor produtivo, e uma avaliação de todos os cursos que sãooferecidos na região. Isso tudo tem uma articulação entre a comunidadeescolar, o setor produtivo e o ministério da educação”, explicou a assessora. No Chile, a experiência será feita comalunos do último ano do ensino médio. O programa também será testado emdois liceus industriais – um de eletrotécnica, na especialidade detelecomunicações, e outro de construção civil, na área de edificações.No Brasil, o projeto piloto será desenvolvido emescolas técnicas. No Rio Grande do Norte, o foco será na indústria, comprograma voltado para trabalhadores de mecânica geral e eletrotécnica –40 alunos em cada curso. Nos próximos anos serão incluídas as áreas demeio ambiente (controle ambiental) e construção civil (edificações). EmSanta Catarina, a experiência piloto será feita na área de turismo, com30 alunos de hospedagem. No Paraguai, o projetopiloto de certificação abrangerá a área de mecânica automotiva, em umaescola técnica de Assuncion, e turmas de mecânica automotiva e outra demecânica maquinarias agrícolas em um centro de formação profissional daregião do Chaco. No Uruguai, a experiência será direcionada à mecânicade manutenção. “Vai atender uma demanda muito importante da prefeiturade Montevidéu, que gostaria de certificar seus trabalhadores que têmtoda uma experiência de prática mas não têm a certificação”, explicou a assessora.Todasas unidades piloto de certificação deverão estar implantadas até o finalde 2008, quando será feito um grande seminário hemisférico paraapresentação das experiências. Márcia Moreschi disse acreditar que “essa experiência poderá dar importantescontribuições para uma experiência maior, que possa beneficiar muitomais trabalhadores”.O projeto tem oapoio, entre outras instituições, da Organização dos Estados Americanos(OEA), Centro de Formación Profesional de Lãs Colônias Memonitas(Paraguai), Instituto Tecnológico Superior Battle y Ordoñez y GralFlores (Uruguai), Liceo Industrial de La Construcción (Chile), CentroFederal de Educação Tecnológica de Santa Catarina e do Centro Federalde Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte.