Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Manaus - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que quer construir uma estratégia nacional de defesa.Segundo ele, a defesa nacional deve estar alinhada aodesenvolvimento e, nesse sentido, a região amazônica precisaser inserida na agenda nacional. O ministro passou o fim de semana no Amazonas, onde conheceu a estrutura do Comando Militar da região, em Manaus, e acompanhou simulações de guerra dasForças Armadas em Coari."Precisamos colocar a Amazônia dentro da agenda nacional não só noaspecto ambiental, mas também no aspecto de defesa, ou seja, de umapolítica nacional de defesa. Temos que formular uma estratégia que faça com que a defesa nacional se insira no do processo de desenvolvimento e que não seja umaquestão exclusivamente militar, mas uma agenda da populaçãobrasileira", disse Jobim.Para isso, segundo ele, é preciso primeiramente formular um plano e depoispensar nos recursos necessários. "Definidos os objetivos, vamos tratardos meios".Nelson Jobim está no Amazonas desde a última sexta-feira e voltahoje (5) a Brasília. Nesses três dias, eleacompanhou parte das atividades conjuntas das Forças Armadas, que estãosendo realizadas durante a Operação Solimões. Para o ministro, ainiciativa do Exército, Marinha e Aeronáutica é positiva e está marcadapor um processo de integração."Dentro das possibilidades e limitações orçamentárias de quedispomos, a operação foi muito boa porque inicia um processo importantede integração das três forças. A Amazônia tem uma característica muitoespecífica em que a logística na região depende muito da Aeronáutica,como também, parcialmente, da Marinha. Agora, para o Exército sedeslocar depende da Aeronáutica e por isso temos que trabalharintegralmente nesse ponto".O ministro informou que já solicitou um documento sobrea região amazônica e a situação dos meios disponíveis no setor militarpara formular uma estratégia nacional de defesa. "Eu solicitei um levantamento completo da situação das questões naAmazônia, ou seja, uma radiografia efetiva da região para examinartambém os meios existentes nas estruturas militares".