Novo ministro foi deputado federal pelo PMDB e presidiu TSE e STF

25/07/2007 - 0h58

Sabrina Craide*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O novo ministro da Defesa, Nelson Azevedo Jobim, nasceu em 12 de abril de 1946, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1968. Foi deputado federal por duas vezes consecutivas, representando o PMDB do Rio Grande do Sul. Seus mandatos foram de 1987 a 1991 e de 1991 a 1995.Como deputado, exerceu a função de líder do PMDB na Assembléia Nacional Constituinte, em 1988, tendo sido relator substituto na elaboração do Regimento Interno da Assembléia Nacional Constituinte e relator adjunto da Comissão de Sistematização.Também foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, em 1989. No segundo mandato como deputado federal, foi relator da Comissão Especial sobre a denúncia contra o presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, e relator da Revisão Constitucional, em 1993 e 1994.Em 1995, Jobim assumiu o cargo de ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso. Ficou no cargo até abril de 1997, quando foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal, na vaga decorrente da aposentadoria do ministro Francisco Rezek.Assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho de 2001, e presidiu o processo eleitoral de outubro de 2002. Foi eleito presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2003. Como presidente do STF, exerceu também o cargo de presidente do Conselho Nacional de Justiça. Aposentou-se em 2006.Em 2006, chegou a ser cotado para concorrer na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva como vice-presidente. Mas as negociações entre PMDB e PT não resultaram em aliança entre os dois partidos. No início do ano, Jobim se candidatou ao cargo de presidente nacional do PMDB, mas acabou retirando a candidatura pouco antes da eleição.Hoje (25), a assessoria de comunicação e o porta-voz da Presidência da República confirmaram que o o jurista Nelson Jobim será o novo ministro da Defesa. Ele substitui Waldir Pires, que permaneceu no cargo por pouco mais de um ano.Waldir Pires deixa o cargo em meio a uma série de críticas dos parlamentares e da imprensa sobre a autação do governo na crise aérea desde o acidente com o avião da Gol no ano passado e, principalmente, após o novo acidente com o Aribus da TAM, em Congonhas, na semana passada.