Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) ficou em 0,24% no mês de julho. A taxa é pouco abaixo da registrada no mês anterior (0,29%). O índice, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mede a inflação com base nos preços praticados entre a última quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês atual. O indicador serve de prévia do IPCA, índice adotado pelo governo para definir a meta oficial de inflação.De acordo com o IBGE, o grupo alimentação e bebidas, que teve alta de 1%, foi o que mais contribuiu para o resultado. A principal pressão foi exercida por leite e derivados. Por causa da menor oferta de leite pasteurizado, os preços deste item chegaram a subir 14,43% em julho. O mesmo movimento foi observado em leite em pó, que ficou 6,68% mais caro, e nos queijos, cujos preços avançaram 3,75%. O consumidor também pagou mais caro este mês por alimentos como feijão carioca (10,97%) e ovos (5,35%).A pesquisa do IBGE apontou estabilidade nos preços dos produtos não alimentícios na passagem de um mês para outro (0,04%). As contas de energia elétrica, por exemplo, chegaram a registrar a redução de 1,19%. Conforme informou o Instituto, esse resultado foi influenciado pelas tarifas da região metropolitana de São Paulo, que ficaram 12,66% mais baratas desde o início do mês.Os preços dos combustíveis também registraram baixa, de 0,84%. O álcool combustível ficou 8,11% mais barato e causou reflexos nos preços da gasolina, que teve deflação de 0,23%. O mesmo movimento foi observado nos preços dos remédios, que tiveram queda de 0,33%. Já os artigos de vestuário, que vinham num ritmo forte de crescimento e em junho haviam subido 1,08%, recuaram em julho (0,17%), de acordo com o levantamento do IBGE, por causa das promoções típicas desta época do ano.Entre as regiões, Porto Alegre foi a que apresentou maior alta de inflação (0,59%). Na capital gaúcha os alimentos tiveram aumento de 1,60% e a gasolina, de 3,76%. Por outro lado, as menores taxas foram apuradas em São Paulo (0,05%), Fortaleza (0,05%) e Brasília (0,04%).Os dados para o cálculo do IPCA-15 são obtidos junto a famílias com renda entre um a 40 salários-mínimos e a estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços em 11 regiões metropolitanas do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Brasília, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba e Goiânia.