Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Adisposição do banco de desenvolvimento alemãoKreditanstalt für Wiederaufbau (KfW) de ampliar os recursosrepassados ao Brasil para proteção ambiental abre apossibilidade de implementação de projetos que sãoconsiderados estratégicos no estado.Um dos destaques seriaa implantação da Área de ProteçãoAmbiental do Guandu e nas regiões dos rios Piabanha, Estrela eMacaé, criada pelo governo fluminense.A informação foi dada à Agência Brasil pela presidente do Instituto Estadual deFlorestas (IEF) do Rio de Janeiro, Yara Valverde. Ela acaba de voltarda Europa, onde manteve contato com dirigentes de órgãosgovernamentais e entidades não-governamentais da Alemanha e daItália. “É uma posição estratégicanão só para o abastecimento de água para apopulação, mas também pela questão dabiodiversidade da Mata Atlântica em si, porque ela ficajustamente no ponto de conexão de dois fragmentos importantesda floresta, que são a Serra do Mar e a Serra da Bocaina”.Este projeto ainda não está incluído no PPMA/RJSegundo Yara Valverde, a primeira fase deimplantação do projeto do Guandu está avaliadaem R$ 6 milhões, envolvendo a área de proteçãoambiental, sob a forma de parque fluvial, com recuperaçãode todas as margens dos rios, saneamento da bacia e reflorestamentoem mais de cinco municípios, entre outras atividades.As prefeituras já firmaram acordo decooperação com o governo do estado. O projeto do Guanduconta também com a parceria de outras entidades, entre asquais a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a Petrobrás,o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos NaturaisRenováveis(Ibama).Yara Valverde admitiu que o trabalho do comitêintermunicipal realizado na Alemanha para recuperaçãoda bacia hidrográfica do rio Emscher, com 865 quilômetrosquadrados e 85 quilômetros de extensão, poderávir a ser adotada como modelo para a Área de ProteçãoAmbiental do Guandu. O comitê reuniu 12 cidades alemãs,além de confederações e associaçõescomerciais e associações de moradores. “O modelo do rio Emscher é exatamente oque a gente quer implantar aqui no Rio de Janeiro. Ele envolve arecuperação e uma gestão integrada da bacia,tanto na parte da política de conservação dabiodiversidade, como na conservação dos recursoshídricos. É uma política integradora”,salientou. O projeto foi considerado o melhor da Alemanha em termosambientais nos últimos anos.Do mesmo modo, a presidente do IEF quer aproveitara ampla experiência italiana na gestão de parques para aimplantação do Parque Ambiental da Ilha Grande. “A área foi duplicada no primeiro mêsdo governo Sérgio Cabral Filho e apresenta alto potencial paraturismo e atividades de lazer e pode ser um fator de desenvolvimentopara toda aquela região”. Yara Valverde lembrou que os italianos têmlarga experiência em parques, tendo sido pioneiros na criaçãoda entidade de Guardas-Parques na Europa.