IML já possui material genético de 84 famílias e amanhã vai recolher mais

23/07/2007 - 17h40

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Instituto Médico Legal (IML) informou na tarde de hoje (23) que jácolheu sangue de 124 pessoas pertencentes a 84 famílias para podercomparar com o material genético das vítimas do acidente com o avião daTAM, ocorrido na última terça-feira (17).O IML pede que osfamiliares que ainda não participaram da coleta procurem a SecretariaNacional de Segurança Pública (Senasp), que possui laboratórios emdiversas capitais do Brasil, e ajudem na identificação dos corpos.Também é possível encontrar informações no site da Secretaria deSegurança Pública de São Paulo: www.ssp.sp.gov.br.Acoleta de sangue começou no último sábado, em três hotéis da capital paulista. Amanhã, mais uma sessão será realizada no hotel Blue Tree Ibirapuera, a partir das 15 horas, segundo a SSP. O hotel fica a três quilômetros do Aeroporto de Congonhas, na Avenida Ibirapuera, 2.927, bairro de Moema, zona sul. O telefone é (11) 2161-2200.A SSP afirma que todas as amostras retiradas das vítimas vão serprocessadas pelo Laboratório de DNA do Centro de Exames, Análises ePesquisas (Ceap) do Instituto de Criminalística da capital.Deacordo com a perita criminal e arqueóloga do laboratório, Norma Bonaccorso, o Instituto de Criminalística resolveuantecipar uma das etapas, embora o exame de DNA só vá ser realizadoapós terem sido concluídas todas as outras formas de reconhecimento.“Aidentificação está sendo feita pelo processo dereconhecimento visual, pela impressão digital, pelos pertences, pelaarcada dentária e, por último, quando esgotadas essas técnicas, porDNA”, afirmou Bonaccorso hoje (23), em entrevista coletiva.Segundo Bonaccorso, o Instituto de Criminalística já estáanalisando o material cadavérico para uma futura comparação com oque for coletado dos familiares. “À medida que formos recebendo osperfis genéticos, passaremos para um software, onde colocamos o bancode dados genético dos familiares e dos materiais cadavéricos. Cruzam-seesses dados, olham-se as combinações genéticas e, assim, auxilia-se nadeterminação da identidade”, afirmou, ressaltando que aordem de preferência para ajudar na identificação é: pais, filhos e, por último, irmãos.Aperita afirmou que o material genético já retirado dos familiares deveficar pronto entre quarta e sexta-feira (25 e 27). E que a carbonização departes do corpo das vítimas e a degradação natural tornam a identificação mais difícil, mas não a inviabilizam.