Luiza Duarte
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O fechamento do Aeroporto de Congonhas, no final da manhã de hoje(20), provocou atrasos e cancelamento de vôos nos aeroportos do Rio de Janeiro.Segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária(Infraero), o Aeroporto Internacional Tom Jobim suspendeu os vôos paraSão Paulo entre as 12 e as 13 horas. Já o Aeroporto Santos Dumont ficou fechadopara pousos e decolagens entre as 11h20 e as 14h40. De acordo com a Infraero, os dois aeroportos registraramdesde as 16 horas, 19 atrasos em partidas e chegadas. Parte dos passageirosque embarcariam para São Paulo, pelo Santos Dumont, foi transferidapara o Tom Jobim, onde o embarque era tumultuado ecom filas. No Santos Dumont, foram registrados de manhã oitocancelamentos de chegada e três de partida. À tarde, houve mais seiscancelamentos de chegada e nove de partida. No entanto, apesar dogrande número de cancelamentos, o aeroporto não apresentava filas outumulto. Ao comentar osefeitos do fechamento do Aeroporto de Congonhas no tráfego aéreo doRio de Janeiro, o superintendente regional da Infraero, Pedro Azambuja, comentou que, na maioria das empresas do setor de aviação, isso é chamado deefeito cascata. Mas, segundo ele, "não houve interferência muito grande, apesar de tercomplicado um pouco. É claro que gera-se uma condição de mais filas ede espera por conta dos passageiros, até no momento de entrar na salade pré-embarque”. A empresa aérea Gol interrompeu a venda de passagens para todos osdestinos. Nos balcões da empresa nos dois aeroportos do Rio, a explicação paraa suspensão das vendas era a falta de previsão de horário dos vôos. A Gol informou que retomaria as vendas amanhã (21). De acordo com a Infraero, não há previsão de normalização dos vôos nosaeroportos do Rio de Janeiro. Junto com o governo doestado do Rio de Janeiro, a empresa pretende obter a transferência de umquarto dos vôos de conexão realizados em São Paulo para os aeroportoscariocas. “A Infraero vem propondo, em conjunto com o governo do estado, quese desafoguem os aeroportos de São Paulo, com uma adequação da malhaaérea. Queremos que uma parte do hub [ponto de concentração e redistribuição de vôos] concentrado em São Paulo passe para o Rio de Janeiro com o aeroporto Tom Jobim”, garante Pedro Azambuja. Na última terça-feira (17), um avião da TAM, procedente de Porto Alegre, chocou-se com o prédio onde funcionava o setor de cargas da empresa, ao pousar no Aeroporto de Congonhas (SP). No acidente, o maior da história da aviação brasileira, morreram cerca de 190 pessoas. Desde então, uma das pistas do aeroporto está fechada e as atividades no local foram reduzidas.