Dilma diz que governo continuará a investir no aeroporto de Congonhas

20/07/2007 - 20h24

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, garantiu hoje (20) que o governo federal continuará investindo no Aeroporto de Congonhas. "Vamos continuar reformando pistas, vamos continuar melhorando o terminal de passageiros, vamos continuar eficientizando esse aeroporto", assegurou. Segundo a ministra, as novas determinações quanto ao funcionamento de Congonhas, apresentadas durante a reunião do Conselho de Aviação Civil (Conac), têm caráter emergencial. "São medidas emergenciais, de curto prazo, e visam aumentar o grau de confiança na utilização do aeroporto de Congonhas", afirmou.Em 60 dias, o Aeroporto de Congonhas deverá de ser ponto de escalas, conexões e distribuição de vôos para todo o país. Por determinação do Conac, estes vôos deverão ser redistribuídos para outros aeroportos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Dilma explicou, em entrevista coletiva após a reunião do Conselho, que o governo federal quer "a vocação" de Congonhas. "Do ponto de vista de política nacional de uso dos aeroportos, no que compete a nós [governo federal], como poder concedente, consideramos que a vocação do aeroporto de Congonhas não é de conexão, não é de distribuição, não é de escala. A função desse aeroporto é ser de rotas ponto a ponto", afirmou.De acordo com a ministra, a decisão implicará remanejamento de diversos vôos para o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos – o que demandará, também, alterações nas operações desse aeroporto.Entre as medidas discutidas está a tentativa de redistribuição de vôos internacionais para outros aeroportos do país, de forma a descongestionar São Paulo como rota principal – hoje, a quase totalidade das rotas internacionais passa por Cumbica ou pelo aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. O critério será adotado nos novos acordos bilaterais e multilaterais relativos a freqüências de vôos internacionais. A Anac também tentará renegociar alguns dos acordos existentes. "Não se altera essas estruturas de hoje para amanhã, em 48 horas, mas a idéia do Conac é fazer uma alteração bastante significativa no curto prazo", informou Dilma.