ACM tinha 79 anos e mais de 50 anos de vida pública

20/07/2007 - 11h56

Luciana Vasconcelos, Priscila Mazenotti e Rodrigo Savazoni
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O baiano Antônio Carlos Peixoto de Magalhães tinha 79 anos. Em seus mais de cinqüenta anos de vida pública, foi um dos políticos mais influentes do país. Destacava-se pelo estilo agressivo em relação aos adversários e pelo populismo em relação aos aliados.Para os companheiros era “painho”, diminutivo baiano de pai, usado nos terreiros afro-brasileiros. Para os adversários, era “Toninho Malvadeza”, apelido que o acompanhou desde os tempos de ditadura militar. Nasceu em 4 de setembro de 1927 em Salvador, na Bahia, estado que representou na Câmara e no Senado em Brasília. Quando estudante, foi membro do Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina durante os seis anos do curso, bem como presidente do Diretório Central de Estudantes. Chegou a atuar, inclusive, como jornalista profissional do jornal O Estado da Bahia.Em 1954 foi eleito deputado estadual pela União Democrática Nacional (UDN). Em 1958, tornou-se deputado federal, cargo para o qual foi reeleito em 1962. Foi um dos articuladores do Golpe Militar de 1964. Em 1966, foi reeleito deputado federal, já pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que era a base de sustentação do governo anti-democrático. Em 67, assumiu a Prefeitura de Salvador e em 1970 tornou-se governador da Bahia. A primeira de suas três gestões.Em 1985, foi nomeado pelo presidente José Sarney para o cargo de ministro das Comunicações. Em 1994 foi eleito senador da República. Presidiu a Casa entre os anos de 97 a 2001 e chegou a assumir interinamente a Presidência da República de 15 a 22 de maio de 1998. Em 30 de junho de 2001, renunciou ao Senado no episódio da violação do painel eletrônico do Senado.