Carolina Pimentel e Sabrina Craide
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Com o objetivo de estimular a sociedade brasileira a participar de açõesque contribuam para a redução das emissões degases de efeito estufa, o Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior lançou hoje (17) o Protocolo de Intenções para o Anodo Desenvolvimento Limpo. O documento, elaborado em parceria com 12 entidades, incluindo os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, propõe a adoção deMecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) – açõesque podem ser adotadas por países em desenvolvimento para queeles cresçam de forma limpa, isto é, sem poluir e com menor emissão decarbono.
Entreas ações que receberão apoio está também o desenvolvimento de novas metodologias envolvendobiocombustíveis e florestas. Segundo o ministro Miguel Jorge, o objetivo é "promover a participação de todos osestados nesse esforço com ações, divulgaçãoe capacitação técnica, para dar abrangêncianacional a esse esforço e consolidar definitivamente o mercadode carbono no Brasil”.O ministro ressaltou que a reduçãode emissões de carbono deverá gerar ao país receita de aproximadamente US$ 3 bilhões nos próximoscinco anos. “O desenvolvimento de novas metodologias mais adaptadasàs nossas vantagens comparativas, no caso de biocombustíveise florestas, ampliará ainda mais as possibilidades de geraçãode créditos de carbono”, disse.Entre as atividades previstas para alcançaras metas estabelecidas estão a realização deoficinas, seminários e cursos de capacitação, olançamento de uma publicação com os primeiroscem projetos de MDL brasileiros e a criação doObservatório do Mercado de Carbono, que realizaráestudos e análises de inteligência comercial, avaliandotendências e a conjuntura do mercado internacional de carbono. O Protocolo foi lançado no Palácio do Planalto, durante reunião do Conselho deDesenvolvimento Econômico e Social (CDES). O compromisso seráassinado amanhã (18) em Brasília, na sede da ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI).