Esquema especial de saúde tem sido pouco exigido nos jogos

17/07/2007 - 18h03

Flávia Castro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os Jogos Pan-Americanos não têm exigido muito do esquema especial de saúde montado pelo governo estadual para reforçar o atendimento de emergência. De acordo com o coordenador de urgência e emergência da Secretaria estadual de Saúde, coronel Fernandes Suarez, desde o início do Pan, sexta-feira (13), foram atendidas 18 pessoas, quando a capacidade é de 300 pessoas a mais do que o que se atende normalmente por dia. Segundo o coronel, a maior expectativa era com a cerimônia de abertura, mas, nesse dia, foram registrados três atendimentos. "O pior momento seria o da abertura, mas nada pior do que um Flamengo e Vasco", afirmou. Suarez disse que o atendimento à população não tem apresentado dificuldade, e o esquema foi montado para não surpreender a equipe de saúde, no caso de algum acidente mais grave."Nós não nos excedemos. Nós temos que nos preparar para o pior. De repente, alguém solta uma bomba, ou nós temos um acidente com muitas vítimas. Se eu tiver algum desastre, temos que estar preparados para isso", explicou Suarez.O coronel informou que ainda não foi registrada nenhuma emergência. A maioria dos atendimentos é de turistas que apresentam desidratação, por causa do calor, ou hipoglicemia, que é o baixo índice de açúcar no sangue, que ocorre em pessoas que não se alimentam de maneira adequada.A rede hospitalar conta com 150 novos leitos em hospitais estaduais, que continuarão abertos depois dos jogos. Os hospitais federais têm cerca de 100 leitos de retaguarda para emergências durante o Pan. Além disso, o Centro Médico do Autódromo foi reativado, funcionando como um hospital de emergência. Também estão em atividade, somente durante o Pan, seis unidades avançadas em diferentes pontos da cidade.O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebeu da Secretaria de Segurança Pública 38 novas ambulâncias e está trabalhando com efetivo de 250 profissionais. O Samu também conta com um novo helicóptero com tecnologia de ponta, que tem, inclusive, a possibilidade de realizar vôos noturnos e pousar em hospitais, onde foram demarcados os helipontos. Já o Grupamento de Socorro de Emergência (GSE), do Corpo de Bombeiros, ganhou 30 ambulâncias e tem atuado com 328 pessoas. De acordo com o coronel, os equipamentos adquiridos para o Pan, devem ficar no Rio de Janeiro depois das competições.