Aline Bravim
Da Agência Brasil
Brasília - O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) tem nos jovens um de seus focos. Por isso, na sétima reunião para debater as propostas do programa, realizada hoje (5) no Ministério da Justiça, foram ouvidos representantes de movimentos ligados à juventude. Para Miriam Abramovay, do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), os jovens brasileiros estão entre os mais atingidos pela violência e é preciso "pensar no que fazer com eles dentro do programa, porque esse tema relacionado à juventude é novo no país". Entre as propostas do Pronasci direcionadas a essa faixa etária estão a construção de presídios especiais para jovens até 24 anos e a criação de um programa de acolhimento ao jovem em situação de risco criminal e à família dele, o que inclui o incentivo à participação dos jovens em programas sociais, como o ProJovem.Um dos propósitos do Pronasci em relação aos jovens, segundo Ricardo Balestreri, diretor da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e membro da coordenação do programa, é fazer com que eles se sintam incluídos na sociedade. "Não adianta combater o crime sem dar apoio à juventude", disse. E destacou a proposta de inclusão social para "jovens das regiões brasileiras onde a criminalidade é mais evidente, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador".Também foi discutida na reunião a inclusão dos jovens no mercado de trabalho e a relação deles com os agentes policiais, muitas vezes vistos como "inimigos". Dados do Ministério da Justiça relativos a 2005 apontam que é de jovens o maior número de mortes por homícidio no Brasil. Participaram ainda do encontro representantes da FundaçãoGol de Letra, da Associação Nacional dos Pós-Graduandose da Agência de Notícias dos Direitos da Infância(Andi), entre outros movimentos.O Pronasci, já aprovado pelo governo federal, será apresentado novamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira (9), com as propostas discutidas nas reuniões com diferentes segmentos da sociedade.