Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A reforma política só deve ser votada no próximo semestre. A declaração é do líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ). Ele disse é difícil uma reforma ampla, com temas importantes ser votada antes do recesso parlamentar de julho. Segundo ele, se for retomado no segundo semestre, o debate sobre a reforma política irá começar da estaca zero."E iniciar tudo da estaca zero é reiniciar um debate para votar só Deus sabe lá quando", disse.Ontem, depois de mais de seis horas de discussão na Câmara, a votação da reforma política foi mais uma vez adiada. Antes, porém, os deputados rejeitaram simbolicamente o substitutivo ao projeto de lei apresentado na semana passada pelo relator da matéria, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO)."Os defensores da reforma política defendiam uma reforma política que fosse uma Mercedes. No final, já estavam admitindo um fusquinha. Acabamos com uma bicicleta velha com pneu furado", comparou Luiz Sérgio. "Ou seja, não será possível nenhuma reforma política nesse semestre. Estão se projetando iniciar esse debate no segundo semestre, mas se iniciar da estaca zero. Isso significa que se distanciou muito o espaço compreendido entre o nosso sonho de fazer a reforma política e arealidade das forças reais que temos representadas aqui na Câmara dos Deputados", comentou.O relator da reforma, deputado Ronaldo Caiado, rebateu o cmentário de Luiz Sérgio. "Não desenharia como um Boeing nem conmo uma bicleta velha. São mudanças importantes para as regras eleitorais de 2008". De acordo com o deputado o adiamaneto da votação n]ão tem nada de propositovo. "Eles querem enterrar a reforma. Essa é uma chicana própria dos que querem manter o atual sistema". Luiz Sérgio explicou que o projeto sobre a fidelidade partidária, de autoria do deputado Luciano Castro (PR-RR), pode ser votado ainda antes do recesso parlamentar. "Esse projeto foi criado a partir da consulta que alguns partidos fizeram ao Supremo sobre se o mandato pertencia ao deputado ou ao partido. É muito mais para se resolver uma questão pontual do que propriamente um ponto da chamada reforma política", ressaltou.O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, disse no entanto, que a votaçãoda reforma politica está mantida. “Qualquer iniciativade qualquer bancada [de retirar a reforma da pauta] terá deser feita em plenário. Estamos no meio de uma votação.Será apresentada uma emenda aglutinativa que seráanalisada”.A sessãoextraordinária em que deveria ser votada a reforma políticafoi suspensa, mas foi recarcada para a próxima terça-feira..