Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O MinistérioPúblico Federal em Goiás denunciou nesta quinta-feira(28) 16 pessoas acusadas de crimes de lavagem de dinheiroinvestigadas pela Operação Caravelas, realizada pelaPolícia Federal em 2005. Também foi pedida a prisãopreventiva de nove dos denunciados. A Operação Caravelas desarticulou uma quadrilha de tráfico internacional de cocaína. A droga era enviada para o exterior escondida em buchos de boi congelados. Segundo o MPF, os líderes da quadrilha investiam o lucro obtido com o tráfico na compra de imóveis, veículos, artigos de luxo, movimentando assim altas somas de dinheiro para dificultar que sua origem fosse identificada. Conversas telefônicas gravadas com autorização da Justiça e a análise de escrituras públicas de imóveis, contratos sociais, extratos bancários, anotações contábeis, notas fiscais e laudos periciais revelaram que a quadrilha constituía empresas com nomes de sócios falsos ou recorriam a testas-de-ferro para dissimular a origem dos bens. O MPF denunciou e pediu a prisão preventiva de Antonio dos Santos Damaso, José Antonio de Palinhos Jorge Pereira, Antonio Palinhos Jorge Pereira, Márcio Junqueira de Miranda, Rocine Galdino de Souza, Carlos Roberto da Rocha, Jorge Manuel Rosa Monteiro, Vânia de Oliveira Dias e Estilaque Oliveira Reis.Também foram denunciados Ana Cristina das Neves Duarte, Rodrigo Marques de Palinhos Jorge Pereira, Odete Gugliemo Gastaldi, Carlos Lage, Patrícia dos Santos Galdino, Antenor Galdino de Souza e Avani dos Santos Galdino. Em outubro de 2005 o MPF já havia denunciado a organização criminosa por tráfico internacional de drogas. A 11ª Vara Federal de Goiânia (GO), onde tramita o processo, já condenou Antonio dos Santos Damaso, Rocine Galdine de Souza, Carlos Roberto da Rocha, Márcio Junqueira de Miranda, Estilaque Oliveira Reis e José Antonio Palinhos Jorge Cohen. Durante a operação,os policiais federais recolheram numa das casas dos acusados mais deR$ 2 milhões em dólares, euros e reais. O dinheiro foiguardado no cofre-forte da Superintendência da PolíciaFederal, de onde foi roubado. Em julho de 2006, a JustiçaFederal do Rio de Janeiro condenou três policiais federais e uminformante da polícia pelo roubo. Um quarto agente federalainda aguarda julgamento. Seu processo foi remetido ao MPF peloTribunal Regional Federal da 2ª Região na últimaquarta-feira (27).