Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dos 50,5 milhões de jovens brasileiros com idade entre 15 e 29 anos, 9,5 milhões estão fora da escola e desempregados. Desses, 4,5 milhões sequer concluíram o ensino fundamental. As informações são do Secretário Nacional de Juventude, Beto Cury. “É preciso uma ação forte e intensa por parte do poder público para assegurar a inclusão desses jovens”.Segundo ele, o governo investe atualmente R$ 1 bilhão em programas direcionados especificamente aos jovens, sem contar os investimentos no Programa Universidade para Todos (ProUni) e em outras ações que também atendem os jovens, como para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e combate às drogas.Ele lembrou que uma proposta de unificação de programas está sendo estudada, o que isso deve resultar no aumento do investimento para esses programas. Para o secretário, é preciso fazer com que todas políticas setoriais do governo tenham também um olhar para a juventude. “Não é coincidência que os indicadores sociais brasileiros, sempre que se faz o recorte etário e pega a faixa dos jovens, são sempre mais graves. Isso é reflexo da ausência do olhar do estado brasileiro”.Cury ressaltou que o relatório Jovens em Situação de Risco no Brasil, produzido pelo Banco Mundial e divulgado hoje (25), foi feito em um período anterior à implemenação das políticas públicas de juventude do governo federal. Na avaliação dele, o documento é importante para refletir sobre a realidade da juventude brasileira e pensar em ampliar os programas existentes. De acordo com o secretário, as políticas públicas para a juventude procuram atingir três dimensões: educação, trabalho e desenvolvimento humano.“Se resgatarmos esses jovens para a inclusão educacional, para a formação profissional que aumente as oportunidades de se inserir no mundo do trabalho, nós vamos estar dialogando com um conjunto de outros problemas como por exemplo a questão da violência”.