Financiamento público deve constar da proposta de reforma política, diz relator

25/06/2007 - 17h38

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O relator do projeto de lei da reforma política na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Pepe Vargas (PT-RS), afirmou hoje (25), após reunião fechada com empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que será mantido na proposta, que deve ser votada ainda esta semana, o financiamento público de campanha. Ele argumentou que a medida vai reduzir a possibilidade do abuso de poder econômico e garantir a autonomia dos eleitos em relação aos legítimos interesses econômicos existentes na sociedade.Quanto ao voto em lista fechada, o deputado prevê dificuldades em sua aprovação. Segundo Pepe Vargas, então será  preciso focar na idéia de uma lista flexível. “Seria uma lista mista, na qual 50%dos eleitos de um determinado partido seriam eleitos seguindo a ordem da lista e os outros 50% entre os mais votados dessa lista”. Vargas defende ainda que o primeiro voto do eleitor teria que ser obrigatoriamente na lista, ou seja, no deputado escolhido pelo partido. Só então teria o eleitor a opção de destacar algum nome dessa lista para o voto nominal.Vargas esclareceu que a participação das mulheres também vem sendo debatida na reforma política. De acordo com ele, a legislação garante que as listas elaboradas pelos partidos tenham pelo menos 30% de candidatos do sexo feminino, com o objetivo de ter um número mínimo de mulheres disputando as eleições.