Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), vai solicitar na quarta-feira (27) à Polícia Civil do Distrito Federal e ao Ministério Público dados sobre as denúncias contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). As informações são da assessoria de Tuma, que está no Uruguai, em reunião do Parlamento do Mercosul. Ele deve retornar ao país amanhã (26) à noite. De acordo com reportagens publicadas neste final de semana, o senador teria combinado divisão dedinheiro com o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), TarcísioFranklim de Moura, suspeito de participar de um esquema de desvio derecursos públicos e lavagem de dinheiro. A irregularidades foram descobertas por meio da Operação Aquarela,deflagrada este mês pela Polícia Civil do Distrito Federal. Por conta do foro privilegiado, a possível participação de Roriz no esquema deve serinvestigada pela Procuradoria-Geral da República. Jornaise revistas já publicaram conversas telefônicas entre Roriz eMoura, gravadas no dia 13 de março pela Polícia Civil do DistritoFederal com autorização da Justiça, em que eles teriam combinado umencontro no escritório do empresário Constantino de Oliveira para apartilha de dinheiro.No mesmo dia da conversa, houve umaoperação de saque no BRB no valor de R$ 2,2 milhões em nome de NenêConstantino de Oliveira, de acordo com as matérias divulgadas pelaimprensa.Por telefone, a assessoria de Joaquim Roriz disse à Agência Brasilque o senador pediu R$ 300 mil ao empresário para pagar a compra de umabezerra e que há documentos comprovando a transação, como nota fiscalda venda do animal e nota promissória. O senador Joaquim Rorizfoi governador do Distrito Federal nos anos 1988/1990, 1991/1994,1999/2006. Tarcísio Franklim de Moura chegou a ser preso durante a Operação Aquarela, mas acabou soltoapós três dias juntamente com os demais investigados da OperaçãoAquarela. Nenê Constantino de Oliveira é empresário do setor detransportes e presidente do Conselho de Administração da empresa aéreaGol.