Peritos querem que INSS apresente calendário de adoção das medidas de segurança

23/06/2007 - 18h35

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os médicos peritos da Previdência Social devem se reunir na próxima quinta-feira (28) com o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Marco Antonio de Oliveira, para discutir as ações que serão tomadas a fim de garantir a segurança dos profissionais. Eles esperam que, na reunião, o INSS já apresente um cronograma de adoção de medidas já anunciadas, como a instalação de equipamentos de segurança nas agências e o lançamento de uma campanha para conscientizar a população sobre o trabalho dos peritos.A informação foi divulgada pelo presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Luiz Argolo, que se reuniu hoje (23) à tarde com profissionais. Argolo destacou que só depois da reunião com o presidente do INSS é que os peritos decidirão se farão ou não alguma mobilização. “O cronograma para a gente é fundamental. Não adianta ele [o presidente do INSS] dizer que vai fazer, mas não dizer quando”, disse.A associação pede ainda a criação de uma diretoria específica, dentro do INSS, para ficar responsável exclusivamente pela perícia médica. Entre as medidas de segurança pedidas pela Associação estão a colocação de portas detectoras de metais nas agências, de vigias armados, de câmeras de vigilância e de alarmes dentro dos consultórios, que possam ser acionados pelos peritos, além da identificação de cada pessoa que entrar no posto da Previdência.Já com a campanha, Argolo espera sensibilizar a população para a verdadeira função do perito que trabalha no INSS. “Precisamos demonstrar a toda a população, qual o papel da perícia médica e qual o papel do INSS. Como o próprio ministro [da Previdência, Luiz Marinho] já falou, o INSS não é uma casa de caridade. Muitas vezes o segurado está doente mas não incapacitado para sua função. Então, ele chega à Previdência com a informação equivocada de que bastaria ele estar doente para receber o benefício.”Segundo o presidente da Associação, somente neste ano 66 médicos peritos foram agredidos. No último dia 29, o perito José Rodrigues foi assassinado em Patrocínio (MG), dentro da sala de perícia da Agência da Previdência Social, por um homem que teve seu pedido de aposentadoria por invalidez negado pelo médico.