Taxa de desemprego frustra expectativa gerada pelos índices econômicos, diz técnico do IBGE

21/06/2007 - 14h31

Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A taxa de desemprego em maio nas seis maiores regiões metropolitanas do país manteve-se em 10,1% da população economicamente ativa. O número foi o mesmo registrado em abril e março, e também ficou praticamente igual ao apurado em maio do ano passado (10,2%). As informações fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada nesta quinta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, 2,3 milhões de brasileiros procuraram emprego no mês de maio, repetindo os números de abril.De acordo com Cimar Azeredo, coordenador da pesquisa, a estabilidade do desemprego é fruto da estagnação do mercado de trabalho, "e mais uma vez frustra as expectativas geradas com a divulgação de índices econômicos favoráveis nos últimos meses". "A taxa de desocupação não cede, completa três meses no patamar de 10,1% sem registrar variação. A falta de dinamismo no mercado de trabalho é que faz com que essa situação não deslanche. A economia não está aquecida o suficiente para gerar novos postos de trabalho", avaliou Azeredo.Houve crescimento de 2,7%, no entanto, em relação a maio de 2006, no número de pessoas ocupadas. Cerca de 540 mil pessoas a mais estão no mercado de trabalho este ano, mas, segundo Azeredo, a alta reflete simplesmente o aumento da população economicamente ativa do país. O incremento no emprego na comparação com maio do ano passado foi observado em atividades ligadas a serviços domésticos, serviços prestados à empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira. O técnico do IBGE destacou os resultados positivos apontados pela pesquisa sobre a inserção dos cidadãos no mercado de trabalho, que segundo ele já vêm sendo registrados desde o início do ano. O levantamento atual mostrou aumento de 3,9% no ganho dos trabalhadores em relação ao mesmo período de 2006. A alta ocorreu tanto entre os contratados com carteira assinada, como entre os que atuam na informalidade e os trabalhadores por conta própria.Na mesma comparação, a pesquisa indicou ainda crescimento de 3,9% no número de pessoas que trabalham com carteira assinada.