Qualidade dos assentamentos é o principal ponto na reforma agrária, diz representante de ministério

21/06/2007 - 18h51

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O chefe de gabinete do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Caio Galvão de França, disse hoje (21) que a qualidade dos assentamentos é a principal preocupação do governo no que diz respeito à reforma agrária. "Isso significa fortalecer os instrumentos e as políticas que garantam que esses lugares sejam espaços cada vez mais produtivos, onde as famílias possam acessar educação, saúde e cultura. Esses são direitos fundamentais que devem compor a cidadania de todos que vivem no meio rural".O maior desafio, acrescentou França, é dar um sentido estratégico aos avanços conquistados pelas políticas agrárias, criando condições para  mudar o modelo agrícola, além de democratizar mais profundamente a estrutura fundiária brasileira.Questionado sobre as pressões de movimentos sociais pró-reforma agrária, ele respondeu que o ministro Guilherme Cassel "deixou claro" que o governo reafirma "todos os seus compromissos" com a questão. Ou seja, visão democrática aliada ao cumprimento da lei é a diretriz que vai prevalescer nas políticas agrárias. "O resgate do direito à terra é o primeiro passo para inaugurar uma vida com dignidade e com cidadania”.De acordo com ele, o governo espera investir em torno de R$ 1,5 bilhão para o assentamento de 100 mil novas famílias ainda em 2007. A idéia, segundo ele, é ampliar os recursos para a qualificação e o fortalecimento da capacidade produtiva dos assentamentos.Por fim, França informou que entre 2003 e 2006 foram assentadas 380 mil famílias, número que se aproxima da meta de 400 mil assentamentos no período. Ao todo, foram investidos no programa de reforma agrária mais de R$ 4 bilhões na aquisição de 27 milhões de hectares de terras para a criação dos assentamentos.“Inclusive na região Norte, onde a reforma agrária busca garantir a sustentabilidade ambiental, por meio da criação dos projetos agro-extrativistas e das reservas extrativistas”.