Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, rebateu hoje (20) as críticas sobre a concessão de reajustes a 21.563 cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS), que criaram despesa adicional de R$ 277 milhões ao ano aos cofres públicos, e à criação de 660 novos cargos comissionados. Os aumentos foram de 60% a 80% para os DAS-1 e 2, respectivamente, e variou de 30,58% a 37,93% do DAS-4 ao DAS-6. O DAS-3 teve aumento de 139,75%.Paulo Bernardo argumentou que o governo deu reajustes para todas as categorias do serviço público nos últimos quatro anos, menos para os DAS, "que estavam praticamente inalterados" desde 1998, exceto pelo aumento de 1% dado para todos os servidores, em 2003. O reajuste maior foi emrelação ao DAS-3, que passou de R$ 1.575,00 para R$3.777,00. O ministro ressaltou que esse nível é parachefes de departamento e serviços. De acordo com PauloBernardo, 75% dos cargos DAS são ocupados exclusivamente porservidores de carreira e que cerca de 4.800 são ocupados porpessoas de fora da estrutura de carreira.Quanto aos 626cargos comissionados que o governo criou ontem (19) e que vãocustar mais R$ 23,2 milhões ao ano à União,Paulo Bernardo disse apenas que "é necessáriofazer adequações para aparelhar melhor o serviçopúblico". Esses cargos serão distribuídosentre a Secretaria de Patrimônio da União (SPU),Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene),Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) eda recém-criada Secretaria de Planejamento de Longo Prazo,cujo titular, Mangabeira Unger, tomou posse ontem (19).