Na abertura da sessão, senadores pedem adiamento de votação sobre Renan Calheiros

20/06/2007 - 18h48

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na abertura da sessão do Conselho Ética do Senado, todos os integrantes que pediram a palavra apresentaram pedidos de adiamento da votação do relatório sobre as denúncias contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Embora tenham apresentado diferentes motivos para o pedido, a maioria citou que não houve tempo suficiente para analisar a perícia da Polícia Federal sobre os documentos apresentados na defesa do presidente do Senado.O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), pediu que não seja votada hoje. Disse que se o relatório atual, que pede o arquivamento da representação, for colocado em votação, o PSDB será "obrigado" a votar contra o relatório. "É preciso prudência e paciência necessária para termos as conclusões nessas investigações", disse ao enfatizar que seria necessário mais uma semana de prazo.O senador José Agripino (PFL-RN) concordou com a posição do colega tucano e disse que não pode haver dúvidas para a votação. "Não podemos votar com dúvidas. As respostas da PF que vieram não são ainda convincentes. O que está em jogo é a credibilidade do senado", afirmou. O presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado Na seqüência, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) relatou que conversou com os parlamentares Renato Casagrande (PSB-ES) e Augusto Botelho (PT-PA) sobre a impossibilidade de votar o relatório. "Esse relatório apresentado mostra uma série de incongruência", disse. Segundo o petista, a própria Polícia Federal teria pedido mais prazo para a checagem da autenticidade dos documentos. Suplicy sugere que o próprio Renan Calheiros venha ao Conselho de Ética para dirimir qualquer dúvida restante.