Mantega diz na Câmara que questão das tarifas bancárias ainda é polêmica

20/06/2007 - 13h16

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu hoje (20), durante audiência publica na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, que a questão das tarifas bancárias ainda é um tema polêmico. Segundo ele, o Brasil sempre se caracterizou pelo crédito escasso e pelos juros altos, mas o governo está superando essa cultura com melhoria expressiva no sistema financeiro. Mantega citou como exemplo o volume de operações de crédito para o setor imobiliário e disse que  a liberação de recursos tem se expandido a taxas expressivas. Ele afirmou, no entanto, que a má notícia é que o volume de crédito no setor, em relação aos outros países, ainda é baixo, mas tem expectativa de crescimento.O ministro informou que atualmente já são liberados de R$ 18 bilhões a R$ 20 bilhões por ano para o setor imobiliário. "O importante, no entanto, não é só o volume de crédito, mas reduzir o custo do dinheiro no país", acrescentou.Ele destacou que ao analisar as taxas de juros, é importante vê-las a médio prazo porque isso é o que orienta os investimentos. "Está próximo a 10%, que é um patamar mais condizente com a situação da economia".Guido Mantega disse ainda aos parlamentares que a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), de 6,5% ao ano, está próxima à de países mais avançados porque descontada a inflação, fica entre 2% e 2,5%.A TJLP é usada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos empréstimos ao setor produtivo.