Governo e Câmara acertam criação de grupo para estudar redução de tarifas bancárias

20/06/2007 - 16h14

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Banco Central, HenriqueMeirelles, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e integrantes da Comissão deDefesa do Consumidor da Câmara dos Deputados fecharam hoje (20) acordo para criação de um grupo de trabalho para discutir mecanismos de reduçãodas tarifas bancárias.Os dois ministros participaram de audiência pública para discutir possíveis irregularidades na cobrança de tarifas bancárias a alteraçãona rentabilidade das cadernetas de poupança.Durante a audiência, Mantega deixou claro que os assuntos preocupam o governo, que está disposto a resolvê-lo: "Estamos dispostos a arregaçar as mangas para resolvê-los e melhorar ascondições da população brasileira, que faz jus a participar do sistemafinanceiro", disse ele. Para Mantega, a proposta apresentada na Câmara dos Deputados derealização de um trabalho conjunto entre a Comissão de Defesa do Consumidor da Casae a área econômica é um passo importante para que sejam encontradassoluções para o problema das tarifas bancárias no país. Sobre a redução do rendimento da poupança desde março último, Mantega justificou a medida como a única forma de evitar afuga dos aplicadores dos fundos de investimentos, que começavam a apresentarrendimentos menores com a queda das taxas de juros."O rendimento da poupança estava com um rendimento elevado e havia um afluxo deinvestidores não habituais para as cadernetas", afirmou. De acordo com o ministro, a principal preocupação do governo continua sendo estimular os investimentos no setor produtivo e, por isso, o Banco Central temreduzido as taxas de juros."Nós temos que estimular a atividade produtiva. Temos reduzido as taxas, enão seria diferente com a poupança, que hoje é uma das mais altas que temos",disse o ministro.  Guido Mantega garantiu, no entanto, que a mudança não irá prejudicar ascadernetas de poupança, tampouco a rentabilidade do Fundo de Garantia doTempo de Serviço (FGTS).