Ato exige maior participação de mulheres na política

13/06/2007 - 22h06

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Organizações da sociedade civil e parlamentares fizeram uma manifestação hoje (13), em frente ao Congresso Nacional, para defender que a reforma política incentive a maior participação das mulheres nas eleições. A manifestação aconteceu em meio às discussões para votação do texto da reforma política na Câmara.A manifestação reuniu cerca de 70 mulheres, entre elas a ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República, Nilcéa Freire, e parlamentares da bancada feminina na Câmara e no Senado.A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), líder da bancada feminina na Câmara, disse que uma das principais reivindicações das parlamentares é a garantia do percentual de participação. "A bancada fechou um acordo supra-partidário em defesa da lista fechada, desde que haja alternância de nomes de homens e mulheres para exigir que pelo menos um terço da lista indicada pelos partidos seja reservado às mulheres", explicou.De acordo com a representante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), Lia Zanotta, a legislação atual determina uma cota de 30% de mulheres entre os candidatos de um partido, mas a regra não é cumprida. "O Brasil é o número 107 no ranking mundial de participação política feminina, atualmente as mulheres representam somente cerca de 9% do Senado e 11% da Câmara", enumerou.Além da reserva de vagas para mulheres entre os candidatos indicados pelos partidos, o CNDM e a bancada feminina reivindicam mais tempo de participação nos programas partidários veiculados no rádio e na televisão e acesso a recursos do fundo partidário, que seriam direcionados para organizações femininas em cada partido. Erundina afirma que o relator do projeto da reforma política, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) mostrou-se "sensível a essas reivindicações". "E nós, mulheres parlamentares, estamos buscando apoio nas bancadas para incluir e aprovar essas modificações”, explicou Erundina.