Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, disse na noite de ontem (12), em São Paulo, que deve anunciar nos próximos 15 dias medidas para garantir a segurança dos médicos peritos e melhorar o atendimento nas agências da Previdência em todo o país.De acordo com o ministro, entre as medidas em estudo estão a instalação de detectores de metais nas portas das agências da Previdência, rotas de fuga nos consultórios e alarmes de pânico. Também estão previstas a melhoria da qualificação dos servidores, a redução no prazo de atendimento e a realização de concursos para médicos peritos.O ministro também defendeu a formalização do mercado de trabalho no Brasil, mas disse que isso não deve ser feito com base na renúncia previdenciária. Marinho citou como exemplo o setor de filantropia, que tem incentivo do não-recolhimento da contribuição patronal e que é contabilizado como déficit da Previdência. "É um equívoco estar organizado deste jeito. Estou propondo que a gente reorganize e dê transparência na contabilidade da Previdência para que os R$ 42 bilhões do ano passado sejam corrigidos para o déficit real, que é de R$ 4 bilhões", afirmou o ministro, antes de participar da cerimônia de abertura do 7º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), realizado na noite de ontem em Guarulhos, do qual participou também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Em entrevista, o ministro comentou a redução da jornada de trabalho no Brasil, que é atualmente de 44 horas. "Do ponto de vista dos interesses da economia e do ponto de vista empresarial, é melhor deixar como está. Do ponto de vista dos trabalhadores, das conquistas, do equilíbrio com outras nações, de um país com visão desenvolvida e de buscar combinar lazer, trabalho e educação, de repente uma jornada máxima de 40 horas seria um bom patamar. Abaixo de 40 horas, sinceramente, acho que não seria muito interessante", afirmou.