Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Polícia Federal (PF) deve encerrar amanhã (13) o inquérito da Operação Xeque-Mate, entregando à Justiça Federal o relatório sobre esta primeira fase das investigações sobre a exploração de máquinas caça-niqueis. Além disso, a PF também vai pedir à Justiça Federal a prisão preventiva de parte dos 67 investigados que continuam presos em Campo Grande (MS), acusados de crimes como contrabando, corrupção e tráfico de drogas.Segundo a assessoria do órgão, o delegado federal responsável pelo inquérito, Alexandre Custódio, encaminhou hoje (12) à Justiça Federal o pedido para que as prisões temporárias (válidas por cinco dias) de parte dos presos sejam transformadas em prisões preventivas (sem prazo definido). Como as investigações correm sob sigilo, a assessoria não revelou quantos e quais investigados a PF pretende manter presos.Após terem sido renovados por mais cinco dias na última sexta-feira (8), os 67 mandados vencem nesta quarta-feira. Os pedidos da PF serão julgados pelo juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande, Dalton Igor Kita Conrado e pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Mato Grosso, Albino Coimbra Neto, onde tramitam os inquéritos que não envolvem crimes federais como contrabando e contra o sistema financeiro. Na tarde de hoje, o delegado federal Márcio Magalhães se deslocou de Campo Grande para Três Lagoas (MT) a fim de apresentar o pedido da PF ao juiz local.Deflagrada no último dia 4, a Operação Xeque-Mate resultou na prisão de 80 pessoas. Treze já estão em liberdade desde a última sexta-feira, quando foram prorrogadas as prisões temporárias de apenas 67 presos. Todos prestaram depoimentos na Superintendência da PF, em Campo Grande. As informações servirão para o delegado Custódio embasar seu pedido de prisão preventiva. Cinco suspeitos continuam foragidos.