Lançamento de mapa marca Dia Mundial de Erradicação do Trabalho Infantil no Paraná

12/06/2007 - 6h38

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Será lançado hoje (12), em Curitiba, o Mapa de Trabalho Infanto-Juvenil no Paraná, feito pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com recursos do Fundo da Infância e da Adolescência (FIA), administrado pela Secretaria de Estado da Criança e Juventude.O lançamento ocorre durante seminário para marcar  o Dia Mundial de Erradicação do Trabalho Infantil. Participam do encontro cerca de 400 pessoas que trabalham com crianças e adolescentes, como gestores municipais, representantes da sociedade civil organizada, assistentes sociais e conselheiros tutelares.

Na  programação consta mesa-redonda sobre o trabalho infantil e as políticas públicas para garantia dos direitos, com a participação, além de autoridades estaduais, da representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ana Ligia Gomes, da representante do Ministério Público do Trabalho Eliane Araque dos Santos e da representante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) Marta Marília Tonin.

No  Paraná,  participam do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti)  48.220 crianças e adolescentes. Desse total, 23.074 estão no campo. O trabalho na agricultura foi escolhido este ano  pela Organização Internacional do Trabalho (OIT)  como tema principal da mobilização do Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.

Segundo levantamento da Delegacia Regional do Trabalho, foram localizados no estado, até maio de 2007,  780 pequenos trabalhadores. Em 2006, foram encontradas 2.136 crianças e adolescentes trabalhando ilegalmente. Os jovens com idade entre 16 e 18 anos foram as piores vítimas do trabalho infantil: 96% das atividades insalubres e perigosas eram exercidas por pessoas dessa faixa etária. Cerca de 3% dos casos ocorreram com meninos e meninas de 14 a 16 anos. Já as crianças de 7 a 14 anos registraram 0,7%.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2005, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 280 mil pessoas entre 5 e 16 anos trabalham de forma ilegal no Paraná. As principais atividades são: construção civil, cultivo de grãos - café e algodão – plantações de milho e cana-de-açúcar, exploração florestal, fabricação de artefatos, lavagem de automóveis, reciclagem de lixo, oficinas mecânicas, entrega de jornais e venda ambulante de produtos.