Falta capacitação de professores em programas federais de inclusão digital, diz coordenador

12/06/2007 - 15h36

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O coordenador da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, Nelson Pretto, criticou hoje (12) programas de inclusão digital do governo federal como o ProInfo, cujo objetivo é promover o uso pedagógico da informática em escolas públicas. Para o professor, o problema não está na falta de acesso dos alunos aos computadores, mas à ausência de projetos voltados para a capacitação de professores de modo a aproveitar melhor as novas tecnologias.“Há uma distância muito grande entre as políticas públicas, a realidade e a qualificação do professor. Enquanto não qualificarmos os professores, vamos fazer belas políticas públicas que não serão aplicadas na prática”.Pretto foi um dos participantes da mesa redonda Educação e Desenvolvimento, realizada nesta manhã no 1º Encontro de Culturas Colaborativas (Ecco). O evento é promovido pelo governo federal e pelo governo da Bahia, em parceria com a prefeitura da capital baiana. Durante quatro dias, reunirá cerca de 400 participantes de todo o país em torno da discussão sobre a cultura colaborativa.Esse tipo de produção baseia-se no conceito de informação livre, tanto em termos de acesso como de possibilidade de se alterar os conteúdos produzidos e valoriza, sobretudo, a descentralização dos pólos produtores e a criação compartilhada. Entre os exemplos de espaços virtuais em que se trabalha os princípios da cultura colaborativa estão a enciclopédia virtual Wikipédia e o Youtube