TV pública nasce da conversão dos conteúdos, diz presidente da Abepec

08/05/2007 - 0h19

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao discursar na abertura do 1º Fórum Nacional de TVs Públicas, o presidente da Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec), Jorge Cunha Lima, afirmou que uma TV pública não nasce de decreto, mas da conversão de conteúdos. “Uma rede pública não nasce de decreto, nasce da conversão dos conteúdos, da soma da capacidade de produzir de cada estado e da transmissão disso em caráter nacional”.Para Jorge Cunha Lima, as condições básicas para a formação e uma TV pública são a independência e a participação da sociedade na gestão. “Uma TV só será pública se for intelectualmente e administrativamente independente, se não for do poder nem do mercado, se for regida por conselhos representativos da sociedade”. Segundo ele, é importante que a maioria dos integrantes desse conselho sejam representantes da sociedade civil e a existência de um fundo nacional para destinar recursos as Tvs públicas.Na avaliação do presidente da Abepec, os estados estão preparados para produzir conteúdos de qualidade. Jorge Cunha Lima voltou a lembrar atualmente existem apenas dois tipos de outorga para TVs, a pública e a comercial e que é necessário ampliar esse leque. “Há que outorgar as demais televisões com a definição do que são.”O 1º Fórum Nacional de TVs Públicas acontece de 8 a 11 de maio, em Brasília. O evento reúne geradores e programadores de TV Públicas, representantes das agências reguladoras do cinema e das telecomunicações, de universidades, organizações da sociedade civil e do Governo Federal. Participarão das plenárias representantes de emissoras públicas como a BBC, do Reino Unido, NHK, do Japão, e a RTP, de Portugal.