Ramos Horta encerra campanha no Timor Leste dizendo que vitória está garantida

08/05/2007 - 13h59

Agência Lusa
Díli (Timor Leste) - Os dois candidatos apresidente do Timor Leste trocaram acusações deintimidação e compra de votos durante a campanha, e um deles cantou vitória. Aindaassim, as eleições estão sendo vistas comoresponsáveis por restaurar a estabilidade no país,depois de um ano de violência e conflitos políticos.Os timorenses vãoàs urnas amanhã – a partir das 19 horas de hoje (8)no horário de Brasília – escolher entre oprimeiro-ministro José Ramos Horta (independente) e ocandidato da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente(Fretilin) e presidente do parlamento, Francisco Guterres “Lu Olo”.Ramos Horta, prêmioNobel da paz, declarou nos últimos dias que acredita que “avitória está garantida”. Se o resultado das pesquisasfor concretizado, o premiê, que foi o segundo mais votado noprimeiro turno, atrás de Guterres, terá mais de 60% dosvotos. Em termos de“convicções” e políticas, Ramos Horta disseque não vê diferença entre ele e Guterres.O candidato daFretilin, por sua vez, encerrou a campanha no domingo sem mencionar onome do adversário. Guterres listou as conquistas do governo edo parlamento sob o comando do seu partido desde a independênciatimorense, em 1999. As eleições legislativas estãomarcadas para 30 de junho.O chefe da missãodas Nações Unidas no Timor Leste (Unmit), Atul Khare,disse ontem acreditar que "a Fretilin aceitará oresultado", pois a garantia foi dada pelo secretário-geraldo partido majoritário e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri."Se as eleiçõesforem consideradas livres e justas, se não tiverem violênciae intimidação, todos os partidos e pessoas aceitarãoas eleições", acrescentou Khare, representanteespecial do secretário-geral da ONU. "Acredito que aseleições expressam a vontade do povo. Espero queencerrem a crise de 2006".