Militares e trabalhadores envolvidos com transposição do São Francisco terão curso sobre questões ambientais

08/05/2007 - 0h42

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os militares doExército e os trabalhadores civis que poderão ser contratados para dar início às obras de transposiçãodo Rio São Francisco participam, nas próximassegunda (14) e terça-feira (15), de um curso sobre questões ambientais.Segundo ocoordenador do Projeto de Integração do Rio São Francisco às Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, do Ministérioda Integração Nacional, Rômulo Macedo, eles vãoreceber instruções sobre preservaçãoambiental, recuperação de áreas degradadas,desmatamento, saúde pública, comunicaçãocom comunidades locais e recomendações do estudo deimpacto ambiental. Macedo explicou que ocurso foi uma exigência do Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), quando liberou a licença de instalação, há cerca de doismeses. “Para que, quando asequipes forem para o campo, tenham plena consciência de comodevem ser comportar", enfatizou.A ordem de serviçopara o início das obras foi assinada ontem (7) pelo ministroda Integração Nacional, Geddel Vieira  Lima. O Exércitorecebeu do ministério R$ 26 milhões para construir 6quilômetros de construção de dois canais deaproximação do rio com estações debombeamento. O dinheiro também será usado paraconstrução de estradas de acesso a estaçõesde bombeamento. Esse obra inicial será feita nos municípiosde Floresta e Cabrobó, em Pernambuco. O projeto completo detransposição prevê a construção doscanais na direção Leste, que levará águapara Pernambuco e Paraíba, a partir da captaçãono lago da barragem de Itaparica e no sentido Norte, abastecendo oCeará e o Rio Grande do Norte com a retirada sendo feita nasimediações da cidade de Cabrobó.A transposição do rio São Francisco é uma das maiores obras previstos no Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC) na área de infra-estrutura hídrica. Os recursos previstos para o projeto são de cerca de R$ 4,9bilhões. A previsão é que em quatro anos asobras estejam concluídas.Hoje, o ministério recebe propostas de empresas interessadas em fazer consultoria efiscalização da execução das obras e daaquisição e montagens de equipamentos. Amanhã,será a vez das empresas participantes da licitaçãoda transposição do rio São Francisco enviarem aspropostas para a realização das primeiras obras civisdo projeto.