Grazielle Machado
Da Agência Brasil
Brasília - Uma série de estudos realizados pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) constatou baixa qualidade nas mamografias feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para tentar acabar com problema, o instituto lançou o Projeto Piloto de Qualidade dos Serviços de Mamografia SUS. A idéia é estabelecer regras de avaliação da qualidade dos exames realizados. De acordo com o técnico da divisão de atenção oncológica da coordenação de prevenção e vigilância do Inca, Ronaldo Correia, as pesquisas mostram que existe uma relação direta entre a qualidade dos exames e a quantidade de mulheres mortas em conseqüência do câncer de mama.“Estamos fazendo estudos desde 2005. Percebemos que a incidência da doença vem aumentando e que mortalidade também vem crescendo. Uma das estratégias para diminuir a quantidade de mortes é o diagnóstico precoce do câncer de mama”.Segundo ele, as avaliações de qualidade das mamografias devem ser feitas feitas em três etapas. A primeira, uma análise da infra-estrutura do local onde os exames são realizados, depois, a verificação do processo (posicionamento correto da máquina e da mama, por exemplo) e, por fim, a análise da interpretação das imagens.O projeto piloto será lançado na próxima quarta-feira (3) em Goiânia (GO). Em Porto Alegre (RS), o projeto já está em funcionamento. Em Belo Horizonte (MG) e João Pessoa (PB) a iniciativa ainda não tem data definida para ser lançada.Depois dessas quatro localidades, o Inca pretende propor uma metodologia única ao Ministério da Saúde, que deverá ser implementada em todos os municípios e estados do país.Dados da entidade mostram que o câncer de mama deve atingir 49 mil brasileiras a até o final de 2007. A cada mil mulheres, 52 devem ser diagnosticas com a doença.