Instituições do setor petrolífero temem falta de prazo para realizar 9ª Rodada de Licitações em 2007

30/04/2007 - 0h52

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás(IBP) e a Organização Nacional da Indústria doPetróleo (Onip) manifestaram preocupação com ademora do Conselho Nacional de Política Energética(CNPE) em autorizar a Agência Nacional do Petróleo, GásNatural e Biocombustíveis (ANP) a realizar a 9aRodada de Licitações de áreas para exploraçãoe produção de petróleo no país.Na avaliação do presidente do IBP,João Carlos De Luca, a agência precisa de seis meses, nomínimo, para estruturar uma rodada de leilões. Segundoele, os “sucessivos adiamentos” das reuniões do ConselhoNacional de Política Energética preocupam o setor. Naúltima quarta-feira (25), foi adiada mais uma reunião.“Esta já é a terceira vez que areunião do CNPE é adiada e a decisão sobre arealização da rodada continua indefinida”, disse DeLuca. Para ele, caso não haja logo deliberaçãoautorizando a ANP a iniciar o processo licitatório, arealização da rodada ainda este ano poderá ficarcomprometida, com prejuízo para toda a indústriapetrolífera.“Esta reunião foi mais uma vez adiada,sem que se definisse sequer a data da próxima. Se nãotomarmos providências no curto prazo para definir a situação,corremos o risco de não ter rodada este ano”.Para o diretor geral da Onip, Eloi FernándezY Fernández, a “previsibilidade” que o país haviaadquirido com o êxito das sete primeiras rodadas pode ficarcomprometida com a indefinição do governo sobre a 9aRodada.“A previsibilidade é que garante acapacidade de planejamento do setor de fornecedores. Caso estaindefinição continue, o setor industrial voltado paraos segmentos de peças e serviços terá queprocurar outras áreas para direcionar seus produtos”.  Apesar do calendário apertado, tantoFernández, quanto De Luca acreditam que o governo ainda tenhacondições de viabilizar nova rodada ainda em 2007.“Acreditamos que o governo pode e deve definirrapidamente a realização da rodada. Temos um processode abertura que conquistou muito respeito com as sete primeirasrodadas – todas realizadas muita transparência. Achamos, poristo mesmo, que o governo tem que retomar rapidamente o processo,pois a indústria do petróleo e do gás járesponde por 12% do PIB brasileiro [a soma de todas as riquezasproduzidas no país]. E é a continuidade daslicitações que garante o modelo de abertura que foifeito”.