Trabalhadores em educação defendem na Câmara mudança em projeto sobre salário

26/04/2007 - 22h01

Gláucia Gomes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma proposta que contemple todos os profissionais da educação, professores, funcionários de escola, ativos e aposentados, com redução de jornada e um salário que estimule a dedicação exclusiva e a busca por qualificação. Esta é a proposta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).Em audiência pública hoje (26), na Comissão de Educação da Câmara, o secretário de Assuntos Educacionais da CNTE, Heleno Araújo, salientou que o projeto do governo sobre piso salarial não deixa claro questões que tratam da carreira dos trabalhadores da área.O Projeto de Lei 619/2007, de autoria do Executivo, estabelece um piso nacional de R$ 850 para professores e especialistas em educação básica no desempenho de atividades educativas, com jornada de 40 horas semanais. Esse piso independeria do nível de formação do profissional.A CNTE quer pisos diferenciados para os profissionais de educação em geral, com jornada de 30 horas semanais: R$ 1.050 para os profissionais com nível médio e R$ 1.575 para os profissionais com curso superior.

“O projeto do governo foca muito no valor do piso, mas não deixa claro para que nível de formação está focado o piso. Nós trabalhamos o conceito de que o piso é um salário para início de carreira e tem que ter um plano de carreira para estimular a formação e valorizar o tempo de serviço”, explica o secretário da CNTE. “O piso deve atender a todos os profissionais da educação e garantir o processo de carreira para não transformar o piso em teto”.

Araújo lembra que a jornada de 30 horas semanais é outra questão importante para que o professor possa preparar melhor suas aulas, avaliações e possa também se qualificar. O projeto do governo calcula o piso para uma jornada de 40 horas semanais.