Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O coordenador do Projeto de Erradicaçãodo Trabalho Infantil nas Américas, da OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT), Benjamin Smith, que está noBrasil para observar projetos apoiados pela instituição,visitou a Associação Viver, na Vila Estrutural, umacomunidade carente dentro do Distrito Federal. Na Vila Estruturalfunciona um dos lixões do Distrito Federal.O projeto atende crianças da comunidade,muitas das quais já trabalharam no lixão, e proporcionaa elas reforço escolar e aulas de música. A AssociaçãoViver tem apoio do Instituto Marista de Solidariedade, que receberecursos da OIT para investir em projetos de erradicaçãodo trabalho infantil.“Estamos fazendo uma avaliação,para ver o que pode melhorar em termos de estratégia dosprojetos. [No caso do projeto da Estrutural] a OIT oferece ummodelo, mas definitivamente é necessário que o governotome um papel mais ativo na comunidade”.O presidente da Associação Viver,Sebastião Faustino de Paula, afirmou que busca apoiofinanceiro do governo do Distrito Federal para atender mais crianças.Atualmente, 180 crianças, com idades entre 7 e 16 anos, sãobeneficiadas com o projeto. Ele afirmou que há relatos decrianças com menos de sete anos que vão com os paispara o lixão da Estrutural.Segundo ele, 90% dos recursos da a associaçãoViver vêm da Igreja Presbiteriana e o restante, do InstitutoMarista e de doações de voluntários.Smith afirmou que a OIT oferece apoio inicial paraos projetos e depois é necessária maior participaçãodo governo. Smith também visitou um projeto no Rio de Janeirodestinado a tirar crianças do tráfico de drogas.Amanhã, ele vai a São Paulo conhecer um programa contrao trabalho informal urbano.