Romeu Tuma diz que conversa com Lula teve tom de reencontro

23/04/2007 - 22h21

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O senador Romeu Tuma (DEM-SP) afirmou hoje (23), após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que "toda vez que o presidente me convidar, eu aceito com muito prazer, porque temos uma amizade respeitosa desde 1979, quando passamos momentos difíceis da História contemporânea". Tuma foi o terceiro senador da oposição com quem Lula se reuniu nos últimos dias, depois de Tasso Jereissati (PSDB-CE) e de Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA). E informou que a conversa não teve um tom político, mas sim um tom de reencontro: "Não há ódio, não há constrangimento em alguém pertencer a um partido da oposição com respeito e alguém que é seu amigo há muitos anos, que hoje está em outra posição e é presidente de todos os brasileiros".Indagado se a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo foi tema discutido no encontro, Romeu Tuma respondeu que não e afirmou que o ideal, na avaliação dele, era que o Congresso instalasse uma CPI Mista para investigar os problemas no sistema aéreo brasileiro. Segundo ele, um possível colegiado na Câmara e outro no Senado, investigando o mesmo assunto, poderia atrapalhar e confundir o procedimentos dos trabalhos. Romeu Tuma também disse que estuda a possibilidade de trocar de partido, mas não apontou preferência. "Eu não sou líder, não tenho chefia de nada. Em São Paulo, não tenho mais nenhum espaço, porque o Kassab está submisso à vontade do governador Serra. Eu não tenho mais espaço", explicou. Antes de deixar o gabinete do presidente, o senador contou à imprensa que deixou uma dica com Lula, a quem disse: "Presidente, não se deixe levar pelos governadores, que vivem implorando o seu apoio para botar um biombo da responsabilidade constitucional que eles têm com a segurança pública".