Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O crescimento da indústria de bens de capital no primeiro bimestre foi de 16%, o maior desde o primeiro bimestre de 2001, quando o aumento foi de quase 20%. Segundo o chefe de Análise de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Silvio Sales, o resultado do segmento, responsável pela fabricação de máquinas e equipamentos que serão usados na produção de outros bens, está bem acima da média apresentada pelos outros setores industriais.Os bens intermediários (matérias-primas industriais), por exemplo, cresceram 3,3% no período. A produção dos bens de consumo (destinados ao consumidor final) duráveis e não-duráveis aumentou, respectivamente, 0,7% e 1,7%. “Há uma expectativa favorável por aqueles que estão comprando máquinas e equipamentos e isso cria uma capacidade de produção mais forte e mais ampliada para atender a um possível aumento da demanda futura. Só se decide por ampliar suas encomendas de máquinas e equipamentos se você tem uma expectativa favorável futura de demanda pelo seu mercado”, explicou Sales.A demanda por bens de capital foi maior na indústria, já que as máquinas e equipamentos voltadas para esse segmento da economia tiveram aumento de 15,8% na produção. Energia e agricultura também demandaram esse tipo de bens, permitindo um aumento de 14,5% e de 12,4%, respectivamente.