Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o crescimento econômico de 2,9% está abaixo das necessidades do país, mas acima das estimativas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (28) o Produto Interno Bruto (PIB) de 2006.“O resultado está aquém do que o país precisa e do que nós gostaríamos, mas foi maior do que os analistas econômicos estavam projetando”, disse o ministro. De acordo com o Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, as instituições financeiras previam crescimento de 2,73%.Sobre as expectativas de a economia crescer 4,5% em 2007, como prevê o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Paulo Bernardo ressaltou que o comportamento do PIB de outubro a dezembro do ano passado apontou aceleração. “No último trimestre de 2006, a taxa de crescimento foi de 1,1%. Isso equivale a um crescimento de 4,5% se a gente ‘anualizar’ a taxa [projetar para todo o ano]”.Para o ministro, a expectativa do governo para este ano é de que a economia cresça com maior vigor por causa dos investimentos previstos no PAC e de projeções melhores para o agronegócio. “Acho que o estado de espírito dos agentes econômicos melhorou muito após o anúncio do pacote, sem contar que o agronegócio vive um momento de otimismo, diferente dos dois anos anteriores”.Na avaliação dele, os números divulgados hoje confirmam que existe disposição para investir na economia. “A formação bruta de capital fixo [indicador que mede o nível de investimento] aumentou 6,3%, mais que o dobro do crescimento do PIB”.Paulo Bernardo enumerou ainda dados que considera positivos: alta de 4% no comércio, “bem acima do crescimento da economia”, e aumento de 5,6% na massa de salários, que, segundo ele, foi responsável pelo crescimento de 3,8% no consumo das famílias no ano passado.