Gláucia Gomes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Adão Aparecido Brito Silva, de 23 anos, é filho deassentado. Ele é técnico agrícola do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) ejá estudou Agroecologia na Universidade do Paraná. Agora está inscrito para ovestibular de direito na UFG.Segundo ele, a possibilidade de concorrer a uma vaga nocurso de direito, não surgiu por acaso. “É conseqüência de uma luta dosmovimentos sociais e sindicatos para que se abrissem as portas para a classetrabalhadora, já que a faculdade formal não abriu as portas para filhos deassentados e pequeno agricultor”.
Adão lembra que o acesso à universidade era umprivilégio apenas da “classe burguesa” e agora “os filhos de assentados epequenos agricultores também terão o seu espaço nesse meio”.
Para ele, haverá mais oportunidades para aformação política desses jovens, a formação técnica, além da possibilidade deimplementar a ajuda nas questões burocráticas dos assentamentos, das pequenaspropriedades e das famílias de camponeses. “Por ser a primeira turma, é precisoque haja compromisso com a classe trabalhadora”.