Operação Rio Nilo já prendeu 51 no Amazonas, São Paulo e Bahia

16/02/2007 - 15h43

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Até o início da tarde de hoje (16) a Polícia Federal játinha detido, na Operação Rio Nilo, 51 pessoas envolvidas com a quadrilhaespecializada em fraudes fiscais para obtenção ilegal de benefícios oferecidosàs empresas da Zona Franca de Manaus.  Desde ontem (15) 37 foram presas no Amazonas; 13 em SãoPaulo e uma na Bahia. Entre eles estão 22 servidores públicos. Além dasprisões, foram apreendidos documentos e R$ 25,5 mil em ações nas cidadesde São Paulo, Barueri, Jacareí, São José dos Campos, Campinas e Indaiatuba. Para desmontar a quadrilha foram mobilizados 330 homens daPolícia Federal, da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e dasáreas de recolhimento fiscal estadual e federal de São Paulo e do Amazonas. O processo investigativo começou em novembro de 2004 após umaauditoria encomendada pela Suframa ter descoberta fraudes nas operações. Asações ilegais vinham ocorrendo há pelo menos cinco anos, segundo o órgão.Segundo a assessoria de imprensa da Suframa, nenhuma dasmais de 500 empresas do pólo industrial da Zona Franca de Manaus teve qualquerparticipação nas fraudes, que teriam sido cometidas por comerciantes queabriram empresas de fachadas e simulavam compra e venda de mercadorias com aparticipação de servidores públicos tanto da Suframa quanto das SecretariasEstaduais da Fazenda de São Paulo e do Amazonas. A fraude consistia em obter vantagens em créditos acumuladosdo Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) e dos benefícios fiscais doImposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto Sobre Importação (II). De acordo com a Secretaria Estadual da Fazenda de São Paulo,só o fisco paulista teve prejuízos avaliados em R$ 25,7 milhões.