Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Neste ano, a máscara de político mais procurada é dogovernador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, mas a mais vendida de todosos tempos é a do ex-presidente Tancredo Neves, que morreu em 21 de abril de1985, sem ter tomado posse. A máscara do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,no entanto, está entre as mais vendidas desde 2002.As informações são de um especialista, Armando Valles, quehá 40 anos confecciona máscaras de carnaval para venda no mercado interno etambém para exportação. Fora do carnaval, disse, as márcaras de Papai Noel sãoas mais procuradas.O microempresário conta que produz, por ano, de 150 mil a200 mil máscaras e que as vendas externas são direcionadas principalmente paraa Espanha, que as distribui para o mercado europeu. No ano passado, a produção cresceu 10% em relação a 2005. Epara este ano, a expectativa de Valles é de aumento no mesmo percentual. Asvendas poderão aumentar, segundo ele, com as máscaras dos jogadores de futebolRonaldinho Gaúcho e Ronaldo, mas o processo ainda depende da autorização delespara a reprodução da imagem. No caso de figuras políticas, esclareceu, não existe anecessidade de aprovação prévia, porque os políticos não fazem propagandascomerciais. Neste ano, ele aposta também na venda de máscaras com as imagens doex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), e, entre osestrangeiros, de Osama bin Laden, Saddam Hussein e Yasser Arafat. Os pedidos dos lojistas atacadistas começaram a chegar àempresa de Valles entre outubro e novembro. Mas as vendas se aqueceram nessa últimasemana antes do carnaval, revelou. No maior shopping a céu aberto da América Latina, como éconhecida a região do centro da cidade onde se formou a Saara (Sociedade deAmigos das Adjacências da Rua da Alfândega), “os lojistas estão vendendo bem ealém das máscaras de políticos, asmais procuradas são as de caveira, além deperucas de todos os tipos e cores”, informou Enio Bittencourt, presidente daentidade. A previsão é de vendas 10% superiores às do ano passado, “quefoi um ano bom para os lojistas, mas este parece que será melhor”, segundoBittencourt. Depois do Natal e da época de volta às aulas, o período decarnaval é um dos “mais fortes” para as vendas, ao lado das datas especiaispara mães, pais, namorados e crianças, acrescentou.