Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e oministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, juntamente com o ministro bolivianode Hidrocarburos, Carlos Villegas, anunciaram, agora há pouco, em entrevistacoletiva no Palácio do Planalto, que a Petrobrás vai iniciar estudos sobre apossibilidade de pagar mais pelo gás importado da Bolívia, em função dapresença de “componentes nobres” no produto, com preços no mercadointernacional acima do que vem sendo cobrado. Segundo Rondeau, foi constatado que, em meio ao gás naturalimportado pelo Brasil, estão sendo enviados metano, gás liquefeito de petróleo(GLP, que inclui butano e propano), e a chamada gasolina natural. Essescomponentes não estavam previstos no contrato original e, como dão ao gás umpoder calorífico superior ao que era, será negociado um aditivo ao contrato, deacordo com os estudos a serem feitos sobre a composição do produto que estáchegando ao país. O presidente da Petrobras disse, ainda, que, atualmente, nãoexiste aproveitamento específico desses componentes nobres do gás, mas que, nofuturo, isso poderá acontecer. Atualmente, a Petrobrás importa cerca de 26 milhões demetros cúbicos de gás da Bolívia por dia – embora o contrato preveja aimportação de até 30 milhões – e paga cerca de US$ 4 por milhão de BTUs(unidade térmica britânica, referência para medir o volume de gás). O atual contrato vigora até 2019, e até ontem a Petrobrasvinha fazendo uma defesa reiterada de que fosse mantido.